Com certeza você já ouviu falar nos termos “cadeia produtiva“ ou pelo menos em “cadeia alimentar“. Não são sobre o mesmo tema e uma não tem relação com a outra, a não ser pelo termo que é empregado nas duas e, isso por si só já torna as duas muito próximas. Basicamente e generalizando as duas, podem ser explicadas como diversas etapas em um processo maior que resulta em um final específico esperado.

Sobre a cadeia produtiva, que é mais relacionado ao nosso assunto, pode-se entender como a modificação da matéria-prima em diversas etapas com a finalidade econômica.

Lembre-se que cada segmento pode ter também uma ou mais cadeias produtivas, ou seja, sequências de etapas de produção para deixar o produto pronto para a venda. Isso deixa tudo mais complexo

Os agentes econômicos estão conectados uns aos outros como os elos são conectados à uma corrente e, cada elo sendo uma parte insubstituível para a corrente toda alcançar o objetivo.

A Federação da Indústria do Estado do Rio de Janeiro, a (FIRJAN) divulga periodicamente o Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, no relatório de 2014 apontou um crescimento de 69,8% do PIB da indústria criativa no Brasil em termos reais analisando de 2003 a 2013, evidenciando o quão forte é esse setor no país.

Mesmo assim o setor da indústria criativa sofreu diversos golpes duros, entre eles e talvez o principal golpe, foi a decisão do então presidente Michel Temer de extinguir o MINC, Ministério da Cultura.

Em 2015, por exemplo, um levantamento da mesma FIRJAN apontou que a indústria criativa gerou uma riqueza de mais de 155 bilhões de reais à economia brasileira, um valor muito significativo para um setor que não estava enquadrado em nenhum ministério.

As cadeias produtivas da indústria cultural assim como a economia criativa têm uma característica que é muito útil nos dias de hoje e, muito por conta dela, a indústria criativa cresce em ritmo acelerado. Podemos dizer que a agilidade e a dinamicidade do setor estão em sintonia com o momento atual do mundo, acrescentando sempre novos modelos de negócios nas cadeias produtivas, sejam elas culturais, novas ou tradicionais e, assim sendo, fica fácil de perceber que a economia criativa acaba interferindo e modificando também as outras áreas de trabalho.

Inovação, funcionalidade, internacionalização, facilidade e tecnologia fazem parte de todos os elos da cadeia produtiva da indústria cultural, tornando-a moderna e versátil. Além disso, um fator muito relevante e que poucas vezes é levado em conta é que dentro da cadeia produtiva da indústria cultural, geralmente quem trabalha possui nível superior de escolaridade, algo bem diferente dos outros setores e cadeias produtivas no Brasil e até no resto do mundo.

A certeza que existe em diversos países é que as indústrias mais tradicionalistas estão ficando fora de moda e que é necessário que elas passem por uma atualização. Os velhos meios de se fazer negócio e de ganhar dinheiro estão ficando cada vez mais velhos e sem espaço, por isso, é necessário criatividade para adaptar o seu negócio aos tempos atuais.

A indústria criativa e, de certa forma, toda a sua cadeia estruturada não é só uma atualização de como ganhar dinheiro ou uma destruição das tradições, muito menos algo embasado apenas no valor econômico, mas serve sim como um modelo de como outros ramos podem se atualizar e se adaptar às mudanças no ramo dos negócios, que ocorrem cada vez mais rapidamente.

As cadeias produtivas oferecem, por meio das suas inovações, um novo meio de sobreviver e prosperar nesse novo mundo digital que se apresenta diante dos nossos olhos.

O dinamismo e a criatividade atualmente andam de mãos dadas e os dois estão fortemente presentes nos Territórios Criativos.

Algo para refletir é a teoria de que, na verdade, independentemente do modelo de negócio, são as pessoas criativas que ditam o rumo da economia nos países, seja em um modelo criativo ou não de indústria porque é muito mais recorrente você ser bem sucedido sendo uma pessoa ágil, dinâmica e, acima de tudo, criativa.

FIque atento: a tecnologia é que muda o mundo. Se você não percebeu isso ainda, está na hora de se prestar atenção nisso. Pessoas que investem na tecnologia surfam a crista da onda, por mais que demore um certo tempo. Bill Gates, Steve Jobs, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg e uma infinidade de outros nomes podem ser citados como exemplos.

Já passa da hora de mudar o valor real das coisas e o que se entende como a relação de cultura e monetarização em cima desse ramo. O momento da economia mundial é de investir na economia das ideias, entendendo a importância de toda a cadeia produtiva.

Leia Mais: Guia prático para o mapeamento das indústrias criativas (British Council)

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