Um Território Criativo é um espaço onde a cultura da Economia Criativa está disseminada e tem respaldo, estrutura e apoio para crescer. Basicamente, é o local onde a mágica da economia criativa acontece com mais frequência.
Os Territórios Criativos se destacam por serem capazes de realizar impactos positivos diretamente na sociedade em que estão inseridos como:
- Criar impactos diretos econômicos, ambientais e etc em um setor;
- Estruturar novas estratégias dentro de um segmento do mercado;
- Incentivar o empreendedorismo;
- Fomentar a inovação.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) criou em 2004 uma rede de cidades, que foi nomeada “Rede de cidades criativas“ com a intenção de promover e intensificar a cooperação entre cidades que usam a criatividade e a cultura como fatores principais do desenvolvimento sustentável e urbano.
A UNESCO fomenta não apenas o desenvolvimento individual de cada cidade, mas também o fortalecimento do elo das cidades criativas, para que exista uma cooperação entre as cidades criativas e, uma cidade criativa, consequentemente é um Território Criativo muito fértil.
Você pode achar que o Brasil está atrasado e fora dessa, mas é aí que você se engana. O Brasil tem 10 cidades que são consideradas criativas na rede internacional criada pela UNESCO. As 10 cidades criativas brasileiras são:
- Belém (PA) em gastronomia;
- Florianópolis (SC) também em gastronomia;
- Paraty (RJ) em gastronomia;
- Belo Horizonte (MG) em gastronomia
- Brasília (DF) em design;
- Fortaleza (CE) em design;
- Curitiba (PR) em design;
- João Pessoa (PB) em artesanato e artes folclóricas;
- Salvador (BA) em música;
- Santos (SP) em cinema.
Essas cidades são consideradas como os principais Territórios Criativos brasileiros, de acordo com a UNESCO e, essa rede de criatividade tem como foco ser uma incubadora de ideias e práticas criativas e novas, para gerar um impacto real na sociedade.
São 246 cidades em 72 países nos 5 continentes tidas como Territórios Criativos, que tem como missão usar as indústrias da criatividade e da cultura para tornar as cidades mais inclusivas, resilientes, sustentáveis e até mesmo seguras. A rede de Territórios Criativos da UNESCO cobre 7 campos criativos, sendo eles:
- Artesanato e folclore;
- Mídia;,
- Cinema;
- Design;
- Gastronomia;
- Literatura;
- Música.
Cada cidade membro faz parte da categoria considerada o seu ponto mais forte.
As principais áreas de Território Criativo
Tentar limitar o Território Criativo e impor fronteiras é uma tremenda bobagem. A criatividade, assim como a imaginação, não tem limites. O Território Criativo também extrapola fronteiras e coexiste em diversos planos, mas algumas áreas usam e dependem mais da criatividade que outras. Uma primeira divisão pode ser feita em 4 ramos criativos que concentram uma maior chance da economia criativa se proliferar:
- Tecnologia;
- Mídias;
- Consumo;
- Cultura.
Olhando mais acima para as 7 categorias determinadas pela UNESCO, quase todas elas podem se encaixar em algum desses 4 macroambientes que são mais propensos ao uso da economia criativa e, consequentemente, de serem Territórios Criativos.
Indo mais direto ao ponto, algumas profissões dependem mais da criatividade que outras, concorda? Pois então, essas ocupações tendem a se entrelaçar em redes produtivas extremamente densas e complexas.
A cultura, focada em movimentar a economia exige ações constantes, criativas e diferentes para promover o desenvolvimento e a acessibilidade ao consumo de bens relacionados a cultura. Entre as milhares de profissões que fazem mais uso da criatividade, podemos elencar algumas, tais quais:
- Arquitetura;
- Design de interiores, web, games ou paisagista;
- Artes Cênicas;
- Planejador de eventos;
- Biotecnologia;
- Expressões Culturais;
- Estilista;
- Música;
- Turismo;
- Artista plástico
- Jornalista, redator, escritor, roteirista;
- Produtor ou editor de audiovisual;
- Publicidade & Marketing e TIC;
- Desenvolvedor mobile.
O uso da criatividade e da imaginação estão sempre presentes em todos os ramos, mas esses acabam se destacando pela maior necessidade do lado criativo ativado. Ocupações como produtor de conteúdo individual, youtuber e afins também se enquadram entre as cadeiras que precisam de maior criatividade para o sucesso.
A economia criativa está em constante desenvolvimento, possuindo uma dinâmica nova e muito singular na qual não se enquadram os modelos econômicos tradicionais, porque o próprio meio criativo de se fazer negócios se encontra, ainda, em construção, sendo uma área com muitas vertentes e demasiadamente promissora.
Vale ressaltar que, no caso dos modelos econômicos mais tradicionais, é preciso uma adequação ao ramo criativo e isso implica em mudanças estruturais e de como se enxerga toda a cadeia produtiva do negócio.
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