O nome parece óbvio. E é mesmo. Cidades criativas são espaços urbanos mais desenvolvidos que outros, onde o fator da criatividade se torna uma força motriz na preservação e manutenção daquele determinado lugar. Cultura, identidade, afetividade e pertencimento fazem parte do vocabulário presente nesta nova linguagem. São cidades singulares, que possuem capacidade para investir em tecnologia e inovação. Além disso, explora a diversidade cultural presente, seja nos centros urbanos e/ou históricos, e inspiram pessoas ao redor do mundo.

Um dos precursores desse estudo é o inglês Charles Landry, o qual em diversos livros de sua autoria, ele aborda a questão da cidade criativa entrelaçada com a comunidade em geral. Em especial, na obra de 2013 “A arte de fazer cidades”, Landry expõe que é necessário saber a história e desenvolver um plano de estratégias para revitalizar um espaço urbano e assim criar um sentimento de conexão com o que está ao seu redor, isso inclui as pessoas e a natureza. O termo também foi encontrado, na década e noventa, com a intensa massificação da sociedade e sua crescente evolução. Outro detalhe importante é o avanço da internet e o uso das novas tecnologias, que cada vez mais, convergem entre si, o que facilita conhecer outro ambiente com apenas um toque.

Cidade de Santa Rita do Sapucaí – MG

Entre as cidades criativas que une tecnologia e ação humana se encontra Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. A cidade faz parte do projeto Cidade Criativa, Cidade Feliz, que conta com uma rede de voluntários, instituições públicas e iniciativa privada têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população e estimular a economia criativa do local. Para isso, no decorrer do ano, acontecem diversos eventos e ações em prol dessas causas que permitem aproximar o cidadão e quem está visitando. Um exemplo disso, é o projeto Rock de Rua, que acontece todo ano e reúne shows de bandas de rock autoral, palestras e debates. O Vale Music Festival, que junta  festival de Blues e Jazz também foi destaque nas edições novas e antigas, e atraiu olhares de turistas brasileiros e estrangeiros, como na China, por exemplo.

Hoje, mais do que nunca, falar sobre essas cidades criativas se pensa também em sustentabilidade. Não é possível olhar de outra maneira. O cuidado começa em identificar primeiro os hábitos, valores e comportamentos daquele grupo de pessoas inseridos dentro de uma determinada área ecológica, por exemplo, e traçar estratégias para facilitar a vida do cidadão, que está em contato direto com a cidade. Isso tudo faz parte do que se chama de cultura. E para trazer esse sentimento de identificação é preciso pensar “fora da caixa”.

 Para se inspirar e saber mais:

Dentro desse contexto de compartilhar informações e se inspirar em conhecer mais sobre Cidades Criativas, disponibilizamos um link sobre este tema do canal do Youtube TED X. (TED X. CIDADES CRIATIVAS – UMA PROPOSTA DE TRANSFORMAÇÃO URBANA)

Este vídeo do famoso TED X apresenta Ana Carla Fonseca na palestra sobre “O que faz uma cidade ser criativa?”. Nele, ela cita treze países que fazem parte da rede de cidades criativas, entre eles Brasil, França, Itália, Portugal, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

No decorrer da palestra, Ana Carla também apresenta três pontos chaves de como reconhecer se uma cidade é considerada criativa. Desde inovação, cultura e até autoestima, estes temas dialogam entre si na busca de trazer uma ideia de pertencimento para uma região, seja cidade ou país.

Colaboração: Isabelle Amancio

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