Você sabe o que é Economia Criativa? Pois deveria, é um termo muito importante para os dias atuais.
De forma rápida e direta, podemos resumir a Economia Criativa como a capacidade de uma empresa, por meio de um capital cultural, intelectual e, sobretudo, criativo, de gerar lucro. Não é tão difícil assim viu…
Precisa de algo mais direto ainda? Entenda empresas ou indústrias que usam a Economia Criativa como companhias que têm como a matéria prima essencial a criatividade.
Podemos considerar que a Economia Criativa é composta por todo um setor de empresas e indústrias que valorizam ao máximo o seu setor de imaginação, tecnologia e criação, claro, sem esquecer os outros setores.
Essa ideia, já está consolidada no mercado e não pode mais ser considerada como um fenômeno passageiro. Os primeiros passos da Economia Criativa foram na Austrália, em 1994, portanto, já passa da hora de você se inteirar sobre o assunto.
Economia Criativa: um caminho certeiro
Se engana quem pensa que a Economia Criativa tem limites! A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) reconheceu que esse tipo de negócio influencia diretamente em um nível macro e até microeconômico.
No Brasil, já existiu a Secretaria de Economia Criativa, que era vinculada ao Ministério da Cultura e englobava cerca de 20 atividades. A cada dia que passa fica mais claro que esse modo de fazer negócios está presente em diversos meios e veio para ficar.
Agora a grande pergunta entorno da Economia Criativa deixa de ser: “será que vale a pena?“ e passa a ser: “como devo encaixar a economia criativa no meu business?“.
Você já ouviu falar sobre “territórios criativos“ e não soube responder ou não entendeu o que era? Então, os territórios criativos estão intimamente ligados à Economia Criativa. Esses espaços podem ser entendidos como locais onde atividades ligadas à indústria criativa e a Economia Criativa acontecem.
Os segmentos criativos podem ser divididos primeiro em quatro grande áreas:
- Consumo,
- Mídias,
- Cultura,
- Tecnologia.
Sendo mais específico, dentro dessas quatro áreas existem campos de atuação mais específicos que se destacam quando o assunto é Economia Criativa, sendo eles:
- Arquitetura,
- Design,
- Produção de conteúdo editorial, digital e audiovisual,
- Artes Cênicas,
- Biotecnologia,
- Expressões Culturais,
- Moda,
- Música,
- Patrimônio e Artes,
- Pesquisa & Desenvolvimento,
- Publicidade & Marketing e TIC.
- Comunicação de modo geral.
Claro que existem mais áreas que são dependentes e usam esse modelo de negócio, mas geralmente são nas áreas apontadas acima em que a criatividade e a imaginação são mais necessárias.
Você pode fazer parte de um negócio voltado para a Economia Criativa e nem ter percebido isso. Não é um pecado capital, mas é um sinal que você precisa se atentar mais ao modo como sua empresa está procedendo.
A Economia Criativa muitas vezes não é algo que fica escancarado à todos os públicos, é preciso atenção e conhecimento para notá-la.
Se você ficou interessado em saber mais sobre território criativo, visite nosso texto sobre o assunto: Territórios Criativos e Cadeias produtivas da Indústria Cultural.
O setor da Economia Criativa movimenta dinheiro?
Pode apostar que sim! No mundo todo são cerca de 144 milhões de pessoas que trabalham diretamente no ramo da Economia Criativa e isso gera um retorno por volta de 4,3 bilhões de dólares, de acordo com dados do Banco Interamericano.
Levando em conta esses dados, se o setor da Economia Criativa fosse um país, esse país teria o 4º maior PIB do mundo, lembrando que o PIB é um índice usado para medir a riqueza produzida pelos países.
No Brasil, o setor da Economia Criativa tem mais de 2 milhões de empresas e elas dão
SEBRAE
um retorno de 110 bilhões de reais ao PIB brasileiro.
Esses números do setor no Brasil já são significativos e representam quase 3% do PIB brasileiro, mas se levarmos em conta toda a cadeia produtiva em que a Economia Criativa se insere, esse número ganha proporções gigantescas.
Se toda a cadeia de produção for colocada na conta, os 110 bilhões saltam para 750 bilhões de reais e o que era quase 3% se torna proporcionalmente 18% do PIB.
Existe bastante dinheiro circulando graças à Economia Criativa e a tendência é esse modelo de negócio só aumentar, tanto em cifras quanto em abrangência.
Economia Criativa representando quase 3% do PIB brasileiro significa que, por mais que o modelo já seja algo consolidado, existe muito espaço para o crescimento e desenvolvimento desse modelo.
Pensando fora da caixinha
Esse jargão combina totalmente com a Economia Criativa, basta prestar mais atenção ao próprio nome do modelo de negócio para entender que é preciso ser diferente, inventar, solucionar algo que ninguém foi capaz e óbvio, mostrar o progresso realizado.
O mundo todo passou por revoluções sistemáticas que transformaram o modo de como entender a sociedade e produzir bens, sendo a mais famosa de todas a revolução industrial.
Hoje, você acreditaria se alguém te falasse que estamos no meio de uma revolução? Pois é, melhor rever os seus conceitos de revolução e atualização do mundo. Já é um clichê que o mundo está mais próximo por causa da globalização e, uma consequência desse fator é que as revoluções acontecem agora com um intervalo de tempo cada vez menor.
A tendência não é o fim da indústria clássica como você conhece e sim o novo direcionamento dela, conduzido pela criatividade, para preencher novos espaços de consumo, desenvolvimento e, claro, produção.
A primeira revolução industrial transformou o modelo de manufatura por meio de vapor e carvão, a segunda revolução teve como protagonistas a eletricidade, o aço e o petróleo, a terceira revolução industrial, que pode ser chamada de informacional começa com o desenvolvimento do computador, passa pela manipulação atômica e a tecnologia espacial. Agora, cá entre nós, já está um pouco obsoleta essa tecnologia não está?
Computador já é algo recorrente nas casas das pessoas, os smartphones já estão popularizados e, com isso, começa a quarta revolução, que é, dentre todas as que já aconteceram, a mais intimamente relacionada com a criatividade, imaginação e tecnologia.
Prepare-se para uma mudança de paradigma no seu modo de viver, a quarta revolução industrial não é calcada em um novo conjunto de tecnologias, mas tem bases sólidas em sistemas inteiramente novos e digitalizados, todos vão sentir os impactos dessa revolução mais cedo ou mais tarde.
Novas formas de consumo, novas formas de se relacionar, novos empregos e muito mais, passando por nanotecnologia, biotecnologia, internet das coisas, inteligência artificial e um mundo inteiramente novo, você não vai ficar de fora né?
Agora é a hora de fazer uso da Economia Criativa. Responder perguntas que parecem fáceis, mas que na verdade não são como:“o que as pessoas precisam que não existe no mercado ainda?“.
Esse é o momento de criar, seja um novo modelo de negócio ou uma tecnologia, lembre-se, as fronteiras estão fora de moda e são cada vez menos relevantes, Agora é a hora para dar asas à imaginação à criatividade.
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